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Quem responde se o produto for perigoso ou causar acidente?

  • Foto do escritor: Eduardo Bitencourt
    Eduardo Bitencourt
  • 22 de abr.
  • 3 min de leitura

E a pergunta que vem logo em seguida é: quem é o responsável quando um produto coloca a segurança do consumidor em risco? A loja? O fabricante? A gente mesmo, por ter usado?

imagem by Freepik
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O fornecedor tem que garantir sua segurança, sim!


De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, todo produto colocado no mercado precisa ser seguro para quem vai usar. Isso significa que o fornecedor (fabricante, importador ou até o vendedor, em alguns casos) tem o dever de garantir que o item:


  • Não cause riscos à saúde ou segurança do consumidor;

  • Traga informações claras sobre uso e riscos;

  • Esteja em condições de uso, dentro da validade e sem defeitos ocultos.


Ou seja, se o produto te machuca, pega fogo, solta peças perigosas ou traz qualquer tipo de risco que não foi avisado, o responsável é o fornecedor.


Mas quem é esse tal de "fornecedor"?


Boa pergunta. Fornecedor é todo mundo envolvido na cadeia até o produto chegar na sua mão, como:


  • Fabricantes

  • Importadores

  • Distribuidores

  • Lojas


Se o problema aconteceu por causa de um defeito de fabricação, o fabricante responde. Se foi por armazenamento ou transporte incorreto, o distribuidor pode ser o culpado. E se ninguém quiser resolver, até a loja pode ser responsabilizada.


O consumidor não precisa saber exatamente quem foi o culpado. Ele pode reclamar com qualquer um da cadeia, e eles que se resolvam depois.


E se eu usar certo e mesmo assim me causar danos?


Aí é que entra a chamada responsabilidade objetiva do fornecedor. Isso significa que não importa se houve ou não intenção de causar o dano. Se o produto te prejudicou e você usou corretamente, o fornecedor tem que responder.


Exemplo prático:


  • Você compra uma panela elétrica.

  • Usa exatamente como o manual manda.

  • Ela explode e você se queima.


Nesse caso, você tem direito a reparação — pode ser troca do produto, reembolso ou até indenização por danos físicos e morais.


Produtos perigosos precisam de aviso claro


Tem produto que é perigoso por natureza, como produtos de limpeza ou ferramentas elétricas. Tudo bem, desde que:


  • O risco seja claramente avisado na embalagem;

  • As instruções de uso sejam completas e fáceis de entender;

  • O produto não ofereça risco além do que é esperado.


Se essas informações não estiverem acessíveis ou forem confusas, o fornecedor ainda pode ser responsabilizado.


O que fazer se você tiver problemas?


Se um produto causou algum dano à sua saúde, segurança ou aos seus bens, faça o seguinte:


  1. Guarde a nota fiscal e, se possível, o produto defeituoso.

  2. Tire fotos ou vídeos do problema ou do acidente.

  3. Tente entrar em contato com o SAC do fornecedor ou da loja.

  4. Se não resolver, procure o Procon ou um advogado.


Você pode exigir:


  • Reparação dos danos;

  • Substituição do produto;

  • Reembolso;

  • Indenização, se houver prejuízos maiores.


Conclusão: Seu direito é usar sem medo


O fornecedor não está só vendendo um produto — ele está vendendo segurança, confiança e funcionalidade. Se isso falha, a culpa não é sua. Você tem direito a ser protegido.

Lembre-se: não é frescura exigir que um produto funcione e seja seguro. Isso é básico. E o Código de Defesa do Consumidor tá do seu lado.


Compartilhe com quem precisa saber disso!


Quantas pessoas você conhece que já se machucaram com um produto e nem sabiam que podiam reclamar? Manda esse post pra elas — e ajude a espalhar informação que protege.

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